segunda-feira, 13 de junho de 2016

There's been but one true love
In my baby's arms
And I got the hands to hold on to them

I get sick of just about everyone
And I hide in my baby's arms


Cause except for her
There's just nothing to latch on to.

quarta-feira, 3 de julho de 2013

Tanto faz

Eu sei que a vida é falha em te oferecer abrigo.
Eu não quero lembrar do perigo
Que é a gente dormir sob esse céu.

Ainda temos nossas falhas
E julgar cada próprio passo e mais.
Ser juiz impiedoso de si.
O mundo é menos cruel
Mas tanto faz.

Pois há quem vem
e fica
e te faz bem
E há quem vem
te leva
e te deixa sem saber.

Eu sei que o tempo vem com choro e com riso e você fica.
A esperança e o grito
Nada explica
Não tem mas
Não tem porém
Tudo é demais.

Ainda temos tantas falhas
Ponderar tudo do que se é capaz
E que nada justifica
É que, Babe, tanto faz
Tanto faz.

segunda-feira, 14 de maio de 2012

We float  - Pj Harvey

Essa é uma história de sol quente, parada de ônibus, amor platônico e fone de ouvido. Se alguém me perguntasse qual é a minha geração, eu diria a geração dos fones de ouvido. Não somos os primeiros no espaço e no tempo a ficarmos tristes por encontrarmos conhecidos na rua, mas somos os primeiros a fazê-lo pela pena de tirar os fones. E é por causa dessa pena que eu lembro das besteiras que eu vejo na rua, é por causa da trilha sonora que os fones dão a elas.
Um ex-amor semi-correspondido me aparece na mesma parada de ônibus enquanto a pj harvey me conta estórias sobre a cidade. Eu decido não tirar os fones, decido me esconder e sem precisar decidir eu me lembro de como eu vivi tudo aquilo que estava sendo cantado, lembro que "nós quisemos achar o amor, nós quisemos sucesso, até que nada fosse suficiente, até que meu segundo nome fosse excesso". E olhando praquela pessoa eu pensei que "de algum jeito nós perdemos contato, quando eu perdi você de vista, quando você se perdeu dentro da cidade, se perdeu dentro da noite". Eu realmente me "comportava como criança" e ela tinha "um sorriso de modelo". havia "levado minhas esperanças e deixado algo quebrado por dentro".
Tudo conforme o figurino e conforme a música. eu fiquei pensando em como aquilo rimava em duas línguas, em duas vidas e talvez mais. Mas o que me encheu os olhos d´água foi pensar em como tudo isso era verdade quando a pj concluiu, com um arranjo com piano, que "agora, nós flutuamos, lidamos com a vida do jeito que ela vier".

Eu gosto do vídeo porque, como diz a descrição do youtube, é "uma interpretação"

http://www.youtube.com/watch?v=7TGYGZ5TCag

quinta-feira, 19 de maio de 2011

O sério e o óbvio

'Então, o que que tu quer da tua vida?"
"Eu queria ser era feliz"
"Não, meu filho, eu tô falando sério."

Ironias, escolhas e acidentes

Podias estar noutro lugar
Cínicas, as minhas escolhas ironizam
Então, só de crueldade
Eu vou ao cinema com meus acidentes.

segunda-feira, 16 de maio de 2011

Pergunta ao Eco

O que seria o oposto de um sonho?
A realidade ou um pesadelo?

terça-feira, 10 de maio de 2011

Let England shake

He turned to me and answered "Baby, see"
said "War is in our apartment, let it sleep"



          But she didn't. E desse jeito, de cara com um album conceitual denso e doído, eu voltei a escutar PJ Harvey no seu trabalho mais recente Let England shake. Tenho que admitir que não escutava nada dela desde que comecei a fazer careta ao me deparar com seus primeiros discos com os quais tem-se que se aprender a mastigar e mastigar com força. Tenho que admitir também que Stories from the city, stories from the sea, o oitavo album, habita tranquilamente e passeando o meu top 5. Let England shake leva a lugares bem diferentes.
          Logo de início percebe-se que PJ trocou as distorções das suas guitarras por instrumentos e sonoridades bem menos sintéticos, o auge disso foi gravar a maioria das faixas do seu album ao vivo e em uma igreja (mais ou menos como costumava fazer o arcade fire) , o que lhe deu arranjos mais bonitos que os de qualquer outro trabalho anterior (inclusive stories...). Outra troca feita pela cantora foi a da atitude roqueira indie causadora pela de ativista historiadora nacionalista, isso refletiu na música como o céu pálido da Enguelandia reflete sobre o Tâmisa. As canções, batidas e melodias, tem os dois pés enfiados numa espécie de música etnica anglicana (dizer isso saindo daqui pra lá soa até como uma vingança) e algumas letras poderiam ser cantadas em inglês arcaico pelos mesmos ingleses que narravam Beowulf, prova disso é a levada indie-medieval de The glorious land e The words that maketh murder, outras letras e canções no entanto, como Written on the forehead, podem e são acompanhadas pelos imigrantes vindos ao velho mundo, ainda que sampleados. Obviamente que tudo isso com a postura musical de música alternativa da segunda metade da primeira década do século 21.          
           Cada faixa, como não poderia deixar de ser em Harvey (sim, eu pago mó pau) tem sua originalidade, as canções são bonitas e identificáveis, as letras, apesar de na grande maioria tratarem do mesmo tema, a Inglaterra, sua natureza cruel e seus habitantes apáticos, têm insights espalhados da primeira faixa:

"Pack up your troubles, let's head out
to the fountain of death 
and splash about
swim back and forth
and laugth out loud."
                                 Let England Shake
                                 
Até as finais:

"Their young wives with white hands
wave goodbye.
Their arms as bitter branches
spreading into the world."         
                                Bitter Branches

             Tendo juízo eu não me arriscaria a julgar trabalhos melhores ou piores nesse caso, ainda prefiro Stories from the city... por tudo que ele me representa, no mais eu gosto de PJ Harvey e recomendo (muito e também) Let  England shake.

Prometo não mais me meter dar uma de crítico musical.

P.S. Todas as faixas de Let England shake têm um video-clipe próprio dirigido por alguém importante aí do mundo das direções de video-clipe, têm umas imagens legais de se assistir, ó.


P.S. 2 vaí aí o linkizinho pros dois cds pra facilitar a vida.