quinta-feira, 19 de maio de 2011

O sério e o óbvio

'Então, o que que tu quer da tua vida?"
"Eu queria ser era feliz"
"Não, meu filho, eu tô falando sério."

Ironias, escolhas e acidentes

Podias estar noutro lugar
Cínicas, as minhas escolhas ironizam
Então, só de crueldade
Eu vou ao cinema com meus acidentes.

segunda-feira, 16 de maio de 2011

Pergunta ao Eco

O que seria o oposto de um sonho?
A realidade ou um pesadelo?

terça-feira, 10 de maio de 2011

Let England shake

He turned to me and answered "Baby, see"
said "War is in our apartment, let it sleep"



          But she didn't. E desse jeito, de cara com um album conceitual denso e doído, eu voltei a escutar PJ Harvey no seu trabalho mais recente Let England shake. Tenho que admitir que não escutava nada dela desde que comecei a fazer careta ao me deparar com seus primeiros discos com os quais tem-se que se aprender a mastigar e mastigar com força. Tenho que admitir também que Stories from the city, stories from the sea, o oitavo album, habita tranquilamente e passeando o meu top 5. Let England shake leva a lugares bem diferentes.
          Logo de início percebe-se que PJ trocou as distorções das suas guitarras por instrumentos e sonoridades bem menos sintéticos, o auge disso foi gravar a maioria das faixas do seu album ao vivo e em uma igreja (mais ou menos como costumava fazer o arcade fire) , o que lhe deu arranjos mais bonitos que os de qualquer outro trabalho anterior (inclusive stories...). Outra troca feita pela cantora foi a da atitude roqueira indie causadora pela de ativista historiadora nacionalista, isso refletiu na música como o céu pálido da Enguelandia reflete sobre o Tâmisa. As canções, batidas e melodias, tem os dois pés enfiados numa espécie de música etnica anglicana (dizer isso saindo daqui pra lá soa até como uma vingança) e algumas letras poderiam ser cantadas em inglês arcaico pelos mesmos ingleses que narravam Beowulf, prova disso é a levada indie-medieval de The glorious land e The words that maketh murder, outras letras e canções no entanto, como Written on the forehead, podem e são acompanhadas pelos imigrantes vindos ao velho mundo, ainda que sampleados. Obviamente que tudo isso com a postura musical de música alternativa da segunda metade da primeira década do século 21.          
           Cada faixa, como não poderia deixar de ser em Harvey (sim, eu pago mó pau) tem sua originalidade, as canções são bonitas e identificáveis, as letras, apesar de na grande maioria tratarem do mesmo tema, a Inglaterra, sua natureza cruel e seus habitantes apáticos, têm insights espalhados da primeira faixa:

"Pack up your troubles, let's head out
to the fountain of death 
and splash about
swim back and forth
and laugth out loud."
                                 Let England Shake
                                 
Até as finais:

"Their young wives with white hands
wave goodbye.
Their arms as bitter branches
spreading into the world."         
                                Bitter Branches

             Tendo juízo eu não me arriscaria a julgar trabalhos melhores ou piores nesse caso, ainda prefiro Stories from the city... por tudo que ele me representa, no mais eu gosto de PJ Harvey e recomendo (muito e também) Let  England shake.

Prometo não mais me meter dar uma de crítico musical.

P.S. Todas as faixas de Let England shake têm um video-clipe próprio dirigido por alguém importante aí do mundo das direções de video-clipe, têm umas imagens legais de se assistir, ó.


P.S. 2 vaí aí o linkizinho pros dois cds pra facilitar a vida.

segunda-feira, 9 de maio de 2011

quinta-feira, 5 de maio de 2011

Abril

Foi um mês improdutivo aqui e eu nem sei o porquê, o que torna tudo ainda mais triste. Me fez lembrar do poema de Eliot: April is the cruellest month.