tag:blogger.com,1999:blog-52862376483217930732024-03-12T19:11:55.539-07:00vida de bolsoe amostras grátisguhhttp://www.blogger.com/profile/04324917374129983787noreply@blogger.comBlogger74125tag:blogger.com,1999:blog-5286237648321793073.post-78304750240265745092016-06-13T17:31:00.002-07:002016-06-13T17:31:13.674-07:00There's been but one true love<br />
In my baby's arms<br />
And I got the hands to hold on to them<br />
<br />
I get sick of just about everyone<br />
And I hide in my baby's arms<br />
<span style="text-align: center;"><br /></span>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<iframe width="320" height="266" class="YOUTUBE-iframe-video" data-thumbnail-src="https://i.ytimg.com/vi/63KB-EJKdyI/0.jpg" src="https://www.youtube.com/embed/63KB-EJKdyI?feature=player_embedded" frameborder="0" allowfullscreen></iframe></div>
<span style="text-align: center;"><br /></span>
<span style="text-align: center;">Cause except for her</span><br />
<span style="text-align: center;">There's just nothing to latch on to.</span>guhhttp://www.blogger.com/profile/04324917374129983787noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5286237648321793073.post-56663163335216956852013-07-03T20:23:00.001-07:002013-07-03T20:23:24.027-07:00Tanto fazEu sei que a vida é falha em te oferecer abrigo.<br />
Eu não quero lembrar do perigo<br />
Que é a gente dormir sob esse céu.<br />
<br />
Ainda temos nossas falhas<br />
E julgar cada próprio passo e mais.<br />
Ser juiz impiedoso de si.<br />
O mundo é menos cruel<br />
Mas tanto faz.<br />
<br />
Pois há quem vem<br />
e fica<br />
e te faz bem<br />
E há quem vem<br />
te leva<br />
e te deixa sem saber.<br />
<br />
Eu sei que o tempo vem com choro e com riso e você fica.<br />
A esperança e o grito<br />
Nada explica<br />
Não tem mas<br />
Não tem porém<br />
Tudo é demais.<br />
<br />
Ainda temos tantas falhas<br />
Ponderar tudo do que se é capaz<br />
E que nada justifica<br />
É que, Babe, tanto faz<br />
Tanto faz.guhhttp://www.blogger.com/profile/04324917374129983787noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5286237648321793073.post-74321847401048549652012-05-14T23:05:00.000-07:002013-07-03T19:31:38.254-07:00We float - Pj Harvey<br />
<br />
Essa é uma história de sol quente, parada de ônibus, amor platônico e fone de ouvido. Se alguém me perguntasse qual é a minha geração, eu diria a geração dos fones de ouvido. Não somos os primeiros no espaço e no tempo a ficarmos tristes por encontrarmos conhecidos na rua, mas somos os primeiros a fazê-lo pela pena de tirar os fones. E é por causa dessa pena que eu lembro das besteiras que eu vejo na rua, é por causa da trilha sonora que os fones dão a elas.<br />
Um ex-amor semi-correspondido me aparece na mesma parada de ônibus enquanto a pj harvey me conta estórias sobre a cidade. Eu decido não tirar os fones, decido me esconder e sem precisar decidir eu me lembro de como eu vivi tudo aquilo que estava sendo cantado, lembro que "nós quisemos achar o amor, nós quisemos sucesso, até que nada fosse suficiente, até que meu segundo nome fosse excesso". E olhando praquela pessoa eu pensei que "de algum jeito nós perdemos contato, quando eu perdi você de vista, quando você se perdeu dentro da cidade, se perdeu dentro da noite". Eu realmente me "comportava como criança" e ela tinha "um sorriso de modelo". havia "levado minhas esperanças e deixado algo quebrado por dentro".<br />
Tudo conforme o figurino e conforme a música. eu fiquei pensando em como aquilo rimava em duas línguas, em duas vidas e talvez mais. Mas o que me encheu os olhos d´água foi pensar em como tudo isso era verdade quando a pj concluiu, com um arranjo com piano, que "agora, nós flutuamos, lidamos com a vida do jeito que ela vier".<br />
<br />
Eu gosto do vídeo porque, como diz a descrição do youtube, é "uma interpretação"<br />
<br />
<a href="http://www.youtube.com/watch?v=7TGYGZ5TCag">http://www.youtube.com/watch?v=7TGYGZ5TCag</a>
<br />
<br />guhhttp://www.blogger.com/profile/04324917374129983787noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5286237648321793073.post-42196922699839505702011-05-19T22:11:00.000-07:002011-05-19T22:11:58.498-07:00O sério e o óbvio'Então, o que que tu quer da tua vida?"<br />
"Eu queria ser era feliz"<br />
"Não, meu filho, eu tô falando sério."guhhttp://www.blogger.com/profile/04324917374129983787noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-5286237648321793073.post-18002346368064495312011-05-19T07:50:00.000-07:002011-05-19T07:50:37.270-07:00Ironias, escolhas e acidentesPodias estar noutro lugar<br />
Cínicas, as minhas escolhas ironizam<br />
Então, só de crueldade<br />
Eu vou ao cinema com meus acidentes.guhhttp://www.blogger.com/profile/04324917374129983787noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-5286237648321793073.post-37408466700607468612011-05-16T21:28:00.000-07:002011-05-16T21:28:05.464-07:00Pergunta ao EcoO que seria o oposto de um sonho?<br />
A realidade ou um pesadelo?guhhttp://www.blogger.com/profile/04324917374129983787noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-5286237648321793073.post-2661433896709776172011-05-10T16:09:00.000-07:002011-05-10T16:09:09.450-07:00Let England shake<span class="Apple-style-span" style="font-size: x-small;"><i>He turned to me and answered "Baby, see"</i></span><br />
<span class="Apple-style-span" style="font-size: x-small;"><i>said "War is in our apartment, let it sleep"</i></span><br />
<span class="Apple-style-span" style="font-size: x-small;"><i><br />
</i></span><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://vonpipmusicalexpress.files.wordpress.com/2011/02/let_england_shake.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="http://vonpipmusicalexpress.files.wordpress.com/2011/02/let_england_shake.jpg" width="320" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br />
</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"> But she didn't. E desse jeito, de cara com um album conceitual denso e doído, eu voltei a escutar PJ Harvey no seu trabalho mais recente <i>Let England shake</i>. Tenho que admitir que não escutava nada dela desde que comecei a fazer careta ao me deparar com seus primeiros discos com os quais tem-se que se aprender a mastigar e mastigar com força. Tenho que admitir também que <i>Stories from the city, stories from the sea, </i>o oitavo album<i>,</i> habita tranquilamente e passeando o meu top 5. <i>Let England shake </i>leva a lugares bem diferentes.</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"> Logo de início percebe-se que PJ trocou as distorções das suas guitarras por instrumentos e sonoridades bem menos sintéticos, o auge disso foi gravar a maioria das faixas do seu album ao vivo e em uma igreja (mais ou menos como costumava fazer o <i>arcade fire</i>) , o que lhe deu arranjos mais bonitos que os de qualquer outro trabalho anterior (<i>inclusive stories...</i>). Outra troca feita pela cantora foi a da atitude roqueira indie causadora pela de ativista historiadora nacionalista, isso refletiu na música como o céu pálido da Enguelandia reflete sobre o Tâmisa. As canções, batidas e melodias, tem os dois pés enfiados numa espécie de música etnica anglicana (dizer isso saindo daqui pra lá soa até como uma vingança) e algumas letras poderiam ser cantadas em inglês arcaico pelos mesmos ingleses que narravam <i>Beowulf</i>, prova disso é a levada indie-medieval de <i>The glorious land</i> e <i>The words that maketh murder</i>, outras letras e canções no entanto, como <i>Written on the forehead</i>, podem e são acompanhadas pelos imigrantes vindos ao velho mundo, ainda que sampleados. Obviamente que tudo isso com a postura musical de música alternativa da segunda metade da primeira década do século 21. </div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"> Cada faixa, como não poderia deixar de ser em Harvey (sim, eu pago mó pau) tem sua originalidade, as canções são bonitas e identificáveis, as letras, apesar de na grande maioria tratarem do mesmo tema, a Inglaterra, sua natureza cruel e seus habitantes apáticos, têm <i>insights</i> espalhados da primeira faixa:</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><br />
</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">"Pack up your troubles, let's head out</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">to the fountain of death </div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">and splash about</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">swim back and forth</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">and laugth out loud."</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><i> Let England Shake</i></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><i> </i></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">Até as finais:</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><br />
</div><span class="Apple-style-span" style="line-height: 20px;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: inherit;">"Their young wives with white hands<br style="clear: left;" />wave goodbye.<br style="clear: left;" />Their arms as bitter branches</span></span><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><i><span class="Apple-style-span" style="font-style: normal; line-height: 20px;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: inherit;">spreading into the world."</span></span> </i></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"> <i>Bitter Branches</i></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><i><br />
</i></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><i> </i>Tendo juízo eu não me arriscaria a julgar trabalhos melhores ou piores nesse caso, ainda prefiro <i>Stories from the city...</i> por tudo que ele me representa, no mais eu gosto de PJ Harvey e recomendo (muito e também) <i>Let England shake.</i></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><i><br />
</i></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">Prometo não mais me meter dar uma de crítico musical.</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><br />
</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">P.S. Todas as faixas de <i>Let England shake</i> têm um video-clipe próprio dirigido por alguém importante aí do mundo das direções de video-clipe, têm umas imagens legais de se assistir, ó.</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><br />
</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="349" src="http://www.youtube.com/embed/lHACHdNFH0Y" width="560"></iframe></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><br />
</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">P.S. 2 vaí aí o linkizinho pros dois cds pra facilitar a vida.</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><br />
</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><a href="http://www.mediafire.com/?egh4xx30jgj#1">Stories from the city, stories from the sea</a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><a href="http://www.unibytes.com/AC9UsAL2dsYB">Let England Shake</a></div>guhhttp://www.blogger.com/profile/04324917374129983787noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-5286237648321793073.post-64030135269138444642011-05-09T20:04:00.001-07:002011-05-09T20:04:29.953-07:00Então, né.<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="349" src="http://www.youtube.com/embed/bZ4oTOud8Fk" width="425"></iframe>guhhttp://www.blogger.com/profile/04324917374129983787noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5286237648321793073.post-38724594973001125372011-05-05T19:54:00.000-07:002011-05-05T19:54:23.855-07:00AbrilFoi um mês improdutivo aqui e eu nem sei o porquê, o que torna tudo ainda mais triste. Me fez lembrar do poema de Eliot: <i>April is the cruellest month.</i>guhhttp://www.blogger.com/profile/04324917374129983787noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5286237648321793073.post-55354886293308591412011-04-12T18:39:00.000-07:002011-04-12T18:39:43.035-07:00Rebeldemente IndignosRecebeu-os no portão com algumas amenidades, duas ou três piadas sem graça, subiram as escadas falando mal de algum colega não presente, alguém fez questão de ressaltar como eram rebeldemente indignos por falar mal assim dos não presentes, alguém sempre o fazia.guhhttp://www.blogger.com/profile/04324917374129983787noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5286237648321793073.post-34708933953203850302011-03-28T07:26:00.001-07:002011-03-28T07:26:51.347-07:00"Doente, adoecido, adoentado"guhhttp://www.blogger.com/profile/04324917374129983787noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5286237648321793073.post-8539819619680991812011-03-23T20:15:00.000-07:002011-03-23T20:15:33.941-07:00Dúvida para ir sonhar.E se fosses como um vento azul correndo pelo céu da madrugada?guhhttp://www.blogger.com/profile/04324917374129983787noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-5286237648321793073.post-73236508227295739122011-03-22T20:39:00.000-07:002011-03-22T20:39:55.636-07:00Oração do tempo<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="28" src="http://www.youtube.com/embed/zix_xsMPit4" title="YouTube video player" width="480"></iframe><br />
<br />
"por seres tão inventivo e pareceres continuo<br />
tempo, tempo, tempo, tempo<br />
és um dos deuses mais lindos..."guhhttp://www.blogger.com/profile/04324917374129983787noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5286237648321793073.post-42667824948097893612011-03-21T19:41:00.000-07:002011-03-21T19:41:24.258-07:00De um barulho e inconveniência.Tu costumavas olhar-me daquele jeito indecente depois que voltávamos das nossas viagens às índias, ao futuro, ao inferno ou quaisquer outros planos. Só agora que eu percebo que viajava sozinho. Faltou-me coragem. Faltou, admito e me arrependo. Ruidosamente me arrependo e isso é de um barulho e inconveniência que eu nem sei, afasta os outros. Olha ali embaixo, isso que é azul marinho, aquela minha camisa é um outro azul... é eu sei. Enfim, cara, eu vou morrer. Eu vou morrer e nunca vou saber se esse teu silêncio é por ter muito o que falar ou nada. Se hoje cala alguma coisa diferente do que calava antes ou o mesmo. Você tem que ir, né? Vai lá, legal te ver, tchau, um beijo.guhhttp://www.blogger.com/profile/04324917374129983787noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5286237648321793073.post-73472874846756364362011-03-20T21:10:00.000-07:002011-03-20T21:36:12.171-07:00My Night in HaikaiO N E <br />
s e u<br />
g <br />
l a c<br />
i , a<br />
v o n<br />
r t<br />
o v o<br />
s e ,<br />
n <br />
c t e<br />
a i <br />
l l s<br />
a a ó<br />
m d <br />
o<br />
rguhhttp://www.blogger.com/profile/04324917374129983787noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-5286237648321793073.post-90157163250039065882011-03-20T20:54:00.000-07:002011-03-20T20:56:42.231-07:00Tantas e até maisSabes que tentasse eu fazer mais<br />
ou talvez pensasse ser capaz<br />
vejo, então, agora,<br />
que jamais verá o que aprendi porque nunca irás mudar<br />
é besteira, é bobagem<br />
mera fixação<br />
que se vá então ou voltemos pelo santo tempo que perdi ou que acertei<br />
em você. Eu não quero mais lembrar que um dia eu te quis e te tive eu deixei passar.<br />
<br />
Quis tantas e até mais<br />
de umas e minha paz e outras que vou ver<br />
Um amor que vale tanto assim<br />
num passeio por desses<br />
veio a aperceber-se carecer de outro coração, ô, ô!<br />
<br />
Quanta indiscrição num tolo lamento<br />
Aqui nessa mesa eu não vou mais estar<br />
eu deixo o estandarte do lar, uma flor e uns trocados para o pão<br />
mas levo as canetas, papel de cartas e um corte no coração.guhhttp://www.blogger.com/profile/04324917374129983787noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5286237648321793073.post-17233858094719020502011-03-18T22:42:00.000-07:002011-03-18T22:42:40.361-07:00Das metáforasAgora eu ficaria incomodado se uma porta batesse atrás de mim. As metáforas com portas batem fortes demais. Assim são as bocas, os espelhos e os caminhos.guhhttp://www.blogger.com/profile/04324917374129983787noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5286237648321793073.post-20576271460513676202011-03-17T21:45:00.001-07:002011-03-17T21:45:45.909-07:00Phantom limb<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="390" src="http://www.youtube.com/embed/OkITsv3Nk6M" title="YouTube video player" width="480"></iframe>guhhttp://www.blogger.com/profile/04324917374129983787noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5286237648321793073.post-37690909913225434642011-03-16T21:10:00.000-07:002011-03-16T21:10:32.166-07:00PapercutPor mais coisas escritas que possam ter todos os livros que mantenho encerrados nas torres e masmorras do meu armário, me pergunto se eles ainda têm o que conversar entre si. Não fosse um possível e provável mofo, eu me sentiria confortável de estar em silêncio entre velhos companheiros, mas nem todas as formas de vida são tão inativas quanto eu. Melhor libertá-los.guhhttp://www.blogger.com/profile/04324917374129983787noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-5286237648321793073.post-41182267986573199192011-03-15T22:29:00.000-07:002011-03-16T19:56:26.549-07:00Tanto faz (a first pop song)Uns passos por aqui<br />
custam passos a mais que devo dar<br />
pra não ficar sabendo o que se passa no meu lugar.<br />
<br />
pra não saber o que eu ia sentir<br />
<br />
poucos motivos vão<br />
bastando pra deixar a ilusão<br />
de que eu ainda posso entrar ali naquele coração<br />
<br />
ah, se o tempo quisesse dar pra mim um pouco de razão<br />
e me deixasse voltar.<br />
<br />
Eu não vou mais viver<br />
esperando encontrar felicidade<br />
partido, o coração<br />
eu parto pra te amar noutra cidade<br />
<br />
E que horas tua janela apaga a luz<br />
vou dizer<br />
que tanto fazguhhttp://www.blogger.com/profile/04324917374129983787noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-5286237648321793073.post-44261202738203099262011-03-14T21:32:00.000-07:002011-03-14T21:38:28.467-07:00Como se houvessem paredesPor entre flashes de luz e sombra eu brinco de imaginar o que alguém veria no meu quarto agora, ou o que eu veria de relance no espelho. E brincar de imaginar é tudo que faço por querer. Porque não é por vontade nem falta dela que alguma coisa que eu ainda chamo de espírito dança aqui por entre essas quatro paredes, ao lado, por cima e embaixo dessa cama, dentro dessa escuridão, fugindo desses flashes, espalhando inutilmente essas infinitamente densas sombras. Eu sei para quê fechamos os olhos.<br />
<br />
Então dance como se não soubesse, seja lá o que for, como se eu não me importasse.<br />
<br />
Mas brincar de imaginar é tudo o que posso fazer, porque por mais que minha pele esteja cobrindo muito mais que meu corpo, eu não sinto o toque de nada além de um vento sem direção e de uma música que se espalha sem fonte, sem limite, sem um corpo. E eu sei porque apagamos a luz.<br />
<br />
Então suba pelas paredes, sem forma, como se houvessem paredes.<br />
<br />
Eu já tive medo do que nos acompanha quando nos perdemos sozinhos. Eu já tive medo de me perder. Tudo é tão despreparado para não ter um par que parecemos - e digo isso na mais absoluta incerteza que teimo em dar a tudo - nos dividir, quando, num quarto escuro, parecemos poder ir ao ponto final do universo carregando a desesperadora certeza de jamais ver outra pessoa senão insuportaveis pedaços de nós emanados de nossas, digamos, auras.<br />
<br />
Então eu sei para quê ouvimos nossa própria respiração.guhhttp://www.blogger.com/profile/04324917374129983787noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-5286237648321793073.post-45356037917511983112011-03-13T21:07:00.001-07:002011-03-13T21:07:56.038-07:00E agora, José?<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="28" src="http://www.youtube.com/embed/R_4NS50okUc" title="YouTube video player" width="480"></iframe>guhhttp://www.blogger.com/profile/04324917374129983787noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5286237648321793073.post-4922089584598056342011-03-13T21:03:00.000-07:002011-03-13T21:03:15.126-07:00Estático.Era um céu bonito e de estrelas ainda nesse instante.<br />
Agora só nuvens.<br />
É tanta agitação nesse céu.<br />
Que devem estar providenciando alguma coisa.<br />
Eu, que não me previno de nada.<br />
Só espero sobreviver às providências.guhhttp://www.blogger.com/profile/04324917374129983787noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5286237648321793073.post-18858023961404302872011-03-12T21:25:00.000-08:002011-03-12T21:30:54.164-08:00Garotos perdidosNós corríamos por aquela grama de plástico, onde eu não tinha sentimento de culpa por pisar. Dentro da redoma onde brincávamos, um campo de relva artificial com uma árvore de brinquedo no meio, jovem como nós, dois galhos, uma folha em cada um, e nossa dúvida se ela cresceria. Eu estava de olhos estendidos, molhados como se tivessem orvalho, entre as nuvens de giz de cera e as folhas de borracha que naquele dia pareciam novas. Nós aprendemos a amarrar gravetos e colar papéis, compramos tudo na mesma loja e desempacotamos como o manual mandava, felizes pelos gravetos terem vindo em sacos-bolha.<br />
Eram tempos frios dentro e fora da nossa redoma, tínhamos o toque úmido e o olhar gélido, ao sermos postos ali congelávamos o nosso tempo, as imagens passavam muito devagar em dias que acabavam muito rápido. Estávamos sempre correndo, mas sempre por perto, ao redor da árvore e eu não sei o que nem se havia algo além de até onde fui. Sabia que o céu era uma pintura mais próxima do que parecia, isso já era o suficiente. Não gostava de brincar com as vacas de papel que pastavam ali, o que elas falavam me deixava triste e eu não criava intimidade se achasse que alguém era mais velho para conversar comigo, as duas estavam sempre ali, mas não conversei mais que alguns bons dias até que amarelassem e começassem a rasgar nas bordas.<br />
Eu queria me amarrar em uma daquelas pipas, como todos os outros fizeram, mas nas quedas e nos machucados deles, eu encontrei minha justificativa. Um de nós se prendeu num nó no segundo galho da árvore e já que nunca mais cairia, cortamos a sua corda para que finalmente voasse. Aqui estou eu, hoje, visitando seu desenho no topo da redoma, meus olhos estendidos às incontáveis folhas de borracha da nossa árvore agora gigante o suficiente para tocar o céu e borrar uma nuvem.guhhttp://www.blogger.com/profile/04324917374129983787noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5286237648321793073.post-10608580871368500402011-03-11T19:48:00.000-08:002011-03-13T21:15:10.085-07:00Desses mistériosPessoas visuais são aquelas que fecham os olhos pra 'visualizar' o mundo. É uma das ironias que nós nos pregamos, ou que deus nos pregou ao esconder o manual de funcionamento das gentes. Agora ficamos aí, sendo um quebra-cabeça sem modelo, montando o que quer que achemos que sirva. Melhor assim, talvez. O desenho original não deve ser magicamente ilógico como os que a gente faz.guhhttp://www.blogger.com/profile/04324917374129983787noreply@blogger.com0