quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011
terça-feira, 15 de fevereiro de 2011
Ultimamentes
Tentar criar vozes do nada. É tudo que eu faço. Pegaosmeusdedosedáumamelodiàscoisas,
é tudo que peço.
Se ao menos pudéssemos cantarolar, já que não sabemos direito o que dizer, bastaria.
A-corda os acordes de cada alma, como se soubéssemos o ritmo e o tom do amor e do ser. Já não seria necessário olhar. Ouviríamos sentires sobre ti, sobre tu, sobretudo.
Deixa pra lá.
é tudo que peço.
Se ao menos pudéssemos cantarolar, já que não sabemos direito o que dizer, bastaria.
A-corda os acordes de cada alma, como se soubéssemos o ritmo e o tom do amor e do ser. Já não seria necessário olhar. Ouviríamos sentires sobre ti, sobre tu, sobretudo.
Deixa pra lá.
quarta-feira, 26 de janeiro de 2011
segunda-feira, 10 de janeiro de 2011
Nanquim e Borracha
Eu queria um recomeço, ou mesmo, viver uma vida de papel, escrita a lápis, pra não ter de afogar pessoas ou lugares em tóxica tinta corretiva. Mas pessoas e lugares estariam a salvo. Pessoas e lugares primeiro. A borracha suja que tentei usar é que me torna esse borrão que sou, movendo-me entre todas essas obras de arte. Meus contemporâneos, outros borrões, aparentam simplesmente felizes em sua falta de forma, leia-se neles: liberdade.
Eu não nasci para ser borrão.
Eu me tornei um por ser um desenho mal planejado desde o início. Eu tentei me apagar e tornei-me livre, leia-se: marginalizado. Agora eu tento me apegar às obras livres, quando elas não percebem que sou uma mera imitação acidental. Aprendo tardiamente a poder subir por sobre os carros e gritar frases de efeito. No meu caso, efeitos desconexos. Aprendo a poder enviar poemas em mensagens de texto a vultos que passam pelos framesda minha vida (diga-se: existência). Aprendo a poder ser desnecessariamente indiferente ao meu próximo
bíblico, aqui entenda-se: você, e a reservar espaço no meu coração borrado a qualquer que me escreva um bom dia um pouco mais colorido. Aprendo a poder, porque posso. Ainda que precise visitar cadafalsos e decidir se faço porque posso ou se fico onde cheguei, meu atual estado civil de apego, que meu ser desforme me dá a desleixada e perigosa liberdade de chamar de amor. A liberdade de uns magoa o coração saudável daqueles que puderam ter em seus desenhos, uma arte-final, onde eu vejo princípios e outros vêm limites. Meus contornos vieram falhos, minhas certezas me escapam como seu suco de laranja de um recipiente sem fundo, onde eu colocaria coca-cola.
Eu não nasci para ser borrão.
Eu me tornei um por ser um desenho mal planejado desde o início. Eu tentei me apagar e tornei-me livre, leia-se: marginalizado. Agora eu tento me apegar às obras livres, quando elas não percebem que sou uma mera imitação acidental. Aprendo tardiamente a poder subir por sobre os carros e gritar frases de efeito. No meu caso, efeitos desconexos. Aprendo a poder enviar poemas em mensagens de texto a vultos que passam pelos framesda minha vida (diga-se: existência). Aprendo a poder ser desnecessariamente indiferente ao meu próximo
bíblico, aqui entenda-se: você, e a reservar espaço no meu coração borrado a qualquer que me escreva um bom dia um pouco mais colorido. Aprendo a poder, porque posso. Ainda que precise visitar cadafalsos e decidir se faço porque posso ou se fico onde cheguei, meu atual estado civil de apego, que meu ser desforme me dá a desleixada e perigosa liberdade de chamar de amor. A liberdade de uns magoa o coração saudável daqueles que puderam ter em seus desenhos, uma arte-final, onde eu vejo princípios e outros vêm limites. Meus contornos vieram falhos, minhas certezas me escapam como seu suco de laranja de um recipiente sem fundo, onde eu colocaria coca-cola.
domingo, 26 de dezembro de 2010
Duas canções
Pra te acordar
Não é só abrir os olhos
Hei de levantar, descortinar janelas e o coração
O mundo endoidece lá fora
Mas aqui dentro não
Simplesmente ignora essas manhãs
Com os olhos bem fechados
Como se o mundo quisesse esperar
Que os seus sonhos fiquem bons
Existe um alguém pra te guardar
Depois que ligam o sol
Enquanto você me espera
Tropeço nas luzes da cidade
Enquanto você me espera
Eu leio tua estória num gibi
Enquanto você me espera
Eu conto moedas pra te comprar um planeta
E rezo pra você
Esperar por mim.
Não é só abrir os olhos
Hei de levantar, descortinar janelas e o coração
O mundo endoidece lá fora
Mas aqui dentro não
Simplesmente ignora essas manhãs
Com os olhos bem fechados
Como se o mundo quisesse esperar
Que os seus sonhos fiquem bons
Existe um alguém pra te guardar
Depois que ligam o sol
Enquanto você me espera
Tropeço nas luzes da cidade
Enquanto você me espera
Eu leio tua estória num gibi
Enquanto você me espera
Eu conto moedas pra te comprar um planeta
E rezo pra você
Esperar por mim.
sábado, 25 de dezembro de 2010
Uns discos
No final das contas e do ano, de todo o amontoado de coisas pra dentro e pra fora da cabeça-coração-entranhas, eis o que entrou pelo ouvido
Jorge Ben - África Brasil
"Eu quero ver o que vai acontecer quando Zumbi chegar. Zumbi é o senhor das guerras, é o senhor das demandas. Quando Zumbi chega é Zumbi é quem manda."
Jorge Ben - África Brasil
"Eu quero ver o que vai acontecer quando Zumbi chegar. Zumbi é o senhor das guerras, é o senhor das demandas. Quando Zumbi chega é Zumbi é quem manda."
quinta-feira, 23 de dezembro de 2010
Incoming!
Então, algumas mudanças por aqui, resolvi aderir ao gênero. From now on, virá de tudo por aqui.
E primeiro eu queria deixar um pedido a quem vier a tropeçar pelos arredores. Indiquem gentes! Por alguma razão, minha literatura morre em nomes da metade do século passado e eu me envergonho de só conhecer best sellers atuais e de estar no limiar de dizer que não aguento mais o mesmo livro do Caio Fernando de sempre, que, diga-se de passagem, é ilegalmente apropriado.
Por enquanto é só e uma oportunidade de dançar escondido quietinho nessa madrugada:
E primeiro eu queria deixar um pedido a quem vier a tropeçar pelos arredores. Indiquem gentes! Por alguma razão, minha literatura morre em nomes da metade do século passado e eu me envergonho de só conhecer best sellers atuais e de estar no limiar de dizer que não aguento mais o mesmo livro do Caio Fernando de sempre, que, diga-se de passagem, é ilegalmente apropriado.
Por enquanto é só e uma oportunidade de dançar escondido quietinho nessa madrugada:
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