terça-feira, 22 de junho de 2010

Vida de bolso

Quando saiu de casa tudo que queria era um cachorro quente, e a TV mandava nunca mais jantar. Não tinha desses dias que se passam em fotografias do pôr do sol e certamente não duraria mais de um mês ouvindo Tom, Jobim ou Zé.
Saiu de frente a um apartamento, um emprego, um filho, um casamento e num domingo, dessas horas tão mortais, foi se hospitalizar.

"...e então minha melhor amiga vem a ser a máquina de hemodiálise. E dentre tantas vidas que se lê, nem sei nem quando eu vou voltar, mas entre raios e estímulos tão vitais, eu peço um disco voador... e eu não desço mais."

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